Jornalistas defendem retorno de sinalizadores nos estádios: "Não traz riscos"
A morte do torcedor boliviano Kevin Espada, pelo disparo de um rojão em Oruro, na Bolívia, em um jogo da Copa Libertadores, motivou o futebol brasileiro a tomar providências quanto à segurança nos estádios e divulgar novas diretrizes. Com isso, toda partida em que fogos e sinalizadores forem presenciados pelo árbitro pode ser paralisada e o clube da torcida pode ser punido pelo tribunal. Porém, muitos jornalistas e torcedores discordam da decisão e pedem a volta de sinalizadores aos estádios. Eles alegam que sinalizador é diferente de rojão e não traz nenhum risco. E ainda o compararam a cigarros:
- É muita baboseira. Os sinalizadores tornam um espetáculo mais bonito, uma festa mais bonita. Eu sou a favor do retorno dos sinalizadores. Não vejo o porque não liberar. O caso do Kevin, foi com um rojão, um fogos de artifício. O sinalizador é parecido com o cigarro, não traz riscos. Acho bobeira e muito chato esse negócio de querer modernizar as arquibancadas - disse Leonardo Bertozzi, da ESPN, na edição de ontem do Sports Center.
- Se proíbem o sinalizador, tem que proibir o cigarro também. É praticamente a mesma coisa. Uma das maiores festas de torcida do mundo, que eu presenciei foi na final da libertadores de 2008, Fluminense e LDU, no Maracanã. A torcida do Flu fez uma festa emocionante, espetacular, comentada pelo mundo inteiro. E foi com sinalizadores. Penso da seguinte forma, quer punir, pune o Corinthians, pune de forma isolada. As outras torcidas não podem ser penalizadas pelo erro dos outros. Pois, no Brasil nunca vimos um caso parecido, é inédito. E mais, na Argentina pode. No Chile pode. Até na Bolívia, onde morreu o menino, pode. Porque aqui não? Me expliquem isso. Querem acabar com a graça do futebol - disse Wellerson Souza, narrador do Rio Sport Club.
![]() |
| Final da Libertadores de 2008 |


Leave a Comment